Sentei em frente à máquina de escrever e comecei a pensar no que colocar no papel. Pense, pensei e pensei mais um pouco e não cheguei a nenhuma conclusão.

Após anos contando histórias para as mais diferentes pessoas me pego vazio, sem ter nada pra contar. Não é desânimo, nem depressão, mas um sentimento de desapego, de que falta algo.

Muitos diriam que o que falta me minha vida é ter no que acreditar e acreditem, eu acredito em algo. Algo grande, maior do que tudo e todos; na verdade, algo que simplesmente é. Ou seria alguém? O fato é que, pra isso (ou esse), não há definição de coisa ou pessoa. Simplesmente É.

Outros diriam que não é isso que falta em minha vida; o que falta é aventura. De fato, minha vida não é feita de situações aventurescas, mas sim de uma rotina diferente a cada dia. Eu explico. É que fazer o que eu faço não é pra qualquer um. É preciso ter paixão. Gostar daquilo que se faz. E eu gosto, e muito. As situações pelas quais passo nem sempre são iguais umas às outras, mas raramente diferem tanto assim, é por isso que digo que a minha rotina é diferente a cada dia, mesmo não deixando de ser... rotina!

Pode até ser que o que esteja faltando é um rumo. E que traçar um rumo é o que faz com que nossa vida ande cada vez mais pra frente. Adiante. Mas tenho cá meus planos e, que fique só entre nós, eles não são tão mirabolantes assim. São... alcançáveis.

Ah, mas pra quem estava na frente da máquina de escrever sem idéias, até que pensei bastante.

A folha continua em branco!!